
É tão engraçado quando eu vejo como eu me apaixono rápido, me deixo levar fácil. E é engraçado como essa paixão também passa rápido, acaba fácil. Como se durasse o tempo de um olhar. O tempo de um sorriso, de uma piscadela. Às vezes um ano, às vezes uma hora.
A presença dele ali me fez sentir meio diferente, e até mais calma após algumas aulas estressantes. Ele era o que eu e a Karina chamamos de "estéticamente prazeroso e bonito de se ver", ahsdiuashdiuas.
Minha vontade inicial, não muito diferente de outras ocasiões parecidas, era de agarrá-lo. Não que eu seja desesperada, nem galinha (cruzes!), mas um misteriozinho chama demais a minha atenção. Sabe, antes das palavras serem ditas. Eu na maior parte do tempo não tenho a mínima pretenção de ir falar com o garoto. Prefiro só sonhar, onde não me machuco e tudo é mais bonito que na realidade. Andy Warhol tinha uma idéia parecida com essa. É claro que não pretendo ser assim pra sempre, e isso é mais um motivo para eu aproveitar essa fase, de sonhos e desejos iludidos e irreais. Mais um motivo para eu aproveitar esse momento. Esse olhar.
Nem que tenha sido apenas mais um olhar, porque sei que no próximo ano eu talvez nem lembre mais da fisionomia dele. Mas uma coisa posso afirmar: Quanta coisa não pode ser dita, compreendida, interpretada, descoberta, provocada ou transformada em um olhar. Com o seu olhar!
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